A crescente prática do chamado “nanotráfico” tem sido uma das maiores preocupações da Segurança Pública em São Paulo. A modalidade consiste na comercialização de entorpecentes em quantidades mínimas, muitas vezes camufladas, o que dificulta a caracterização do crime de tráfico e abre brechas na legislação penal.
Segundo o comandante da Polícia Militar de São Paulo, Coronel Cássio Araújo de Freitas, o maior obstáculo enfrentado pelos policiais é justamente a limitação legal. "Em muitos casos, as pequenas porções apreendidas não permitem a prisão em flagrante, e o suspeito acaba sendo liberado em poucas horas", explica o oficial.
Com a dificuldade de enquadrar o crime como tráfico de drogas, criminosos têm se aproveitado da brecha jurídica para manter o comércio ilegal ativo, principalmente em regiões com alto índice de vulnerabilidade social.
Para enfrentar esse desafio, a Polícia Militar vem adotando novas estratégias, com reforço no patrulhamento em áreas críticas e foco em operações de inteligência para identificar e prender os verdadeiros articuladores do esquema.
“Estamos atualizando nossos métodos, utilizando mais inteligência policial e fortalecendo a integração com outras forças de segurança para fechar essas brechas que favorecem a venda em pequena escala”, destacou o comandante.
Apesar das limitações, a corporação reafirma que o combate ao nanotráfico é prioridade e reforça a importância de mudanças legislativas que deem mais respaldo à atuação policial e ao enfrentamento efetivo dessa prática.
Notícia de: Vinícius Muradda (CNN Brasil)
Foto de: Reprodução / Governo de São Paulo
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